Em 2022 exportamos 42,5 bilhões de dólares em petróleo bruto e importamos 80,3 bilhões de dólares em químicos (petróleo transformado, sem contar a importacao de NAFTA). Nosso petróleo tem como prioridade gasolina/diesel e exportação, nosso gás tem como prioridade térmicas e nosso etanol tem como prioridade a mistura na gasolina para venda direta como combustível. Todas essas formas de carbono poderiam ser utilizadas de maneira mais nobre na industria quimica e na transformacao de produtos mais nobres; que fazem nossos concorrentes. O desafio brasileiro e conseguir escala doméstica para processar seus derivados de petroleo e proteger suas industrias dos dumpings e subsidios do exterior. Por exemplo o eteno verde produzido pela Braskem em Trinufo rio grande do sul poderia ser usado como base para um salto de plasticos verdes no Brasil, mas… o governo da Malasia forneceu subsidios para isso e a Braskem decidiu fazer isso lá com maior volume e nao no Brasi. Nosso etanol irá para a Malásia para virar eteno verde e depois plastico verde lá! Esse é apenas um caso entre milhares que ocorrem todos os dias no Brasil. A política de maximizar o retorno da Petrobras via exportações e não investir em refino, ou produzir nafta domesticamente gera 40 bilhões de dólares anuais de déficit na balança pro país. São escolhas que precisam ser debatidas.
