*escrito com Ricardo da Silva Carvalho, economista FEA/USP e Alberto Almeida
O Marquês de Pombal começou uma política desenvolvimentista usando o mercado cativo brasileiro (já expressivo para os padrões da época) como alavanca para o desenvolvimento manufatureiro português. Estava indo muito bem até os ingleses “chutarem a escada” com o tratado de livre-comércio de 1810. Em 1776, ano da independência americana, a balança comercial portuguesa com a Inglaterra passou a ser superavitária, para espanto dos ingleses e dos portugueses! A política de estímulo à indústria portuguesa de Pombal funcionou. O algodão brasileiro ia para Portugal e voltava na forma de tecidos industrializados. O mesmo ocorria com varios outros produtos. Em várias cidades do Brasil da época as importações de manufaturas portuguesas representavam 30% do total importado! E assim foi até 1810 quando a abertura dos portos detonou as manufaturas portuguesas, substituindo-as por inglesas. Pombal seguiu a tradição do pensamento mercantilista português que teve em Duarte Ribeiro de Macedo dos 1600 um de seus maiores expoentes.
Referência sobre essa discussão:
http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1405-22532016000200167
Abertura dos portos no Brasil:
https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/abertura-dos-portos/
Tratado de livre comércio de 1810
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Comércio_e_Navegação
Duarte Ribeiro de Macedo:
Tecidos e vinhos na história
https://www.paulogala.com.br/colonias-e-metropoles-tecidos-levam-a-riqueza-e-vinhos-a-pobreza/
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