Na última década, a indústria automobilística indiana emergiu como uma das indústrias de crescimento mais rápido no mundo, com níveis crescentes de sofisticação tecnológica entre os países emergentes. A Tata Motors está hoje no negócio de carros de luxo e caminhões e comprou as marcas Jaguar e Land Rover da Ford Motor Company por US $ 2,3 bilhões em 2008. A indústria automobilística é fundamental na economia indiana, pois proporciona emprego em massa à população local do país e suas receitas de exportação ajudam a impulsionar o comércio exterior. Ao contrário de outros países emergentes, como o Brasil, a África do Sul e a Argentina, a indústria automobilística indiana consiste de empresas indianas com capacidades tectonológicas e de inovação por empresas de capital nacional. Em 2008 a empresa indiana Tata Motors projetou e desenvolveu o carro mais barato do mundo, o ‘Tata Nano’. No mesmo ano, outras empresas indianas como Mahindra e Mahindra lançaram carros de passageiros concebidos e feitos domesticamente como por exemplo o “Scorpion”, um produto de design e desenvolvimento nacional. Estes desenvolvimentos pegaram outras empresas automotivas globais de surpresa, uma vez que as expectativas quanto ao sucesso indiano eram muito baixas.
Na era pós-independente, a política industrial e econômica da Índia era dominada por uma ideologia de substituição de importações, na qual as intervenções e regulamentações do Estado desempenhavam um papel fundamental na direção do desenvolvimento de capacidades tecnológicas locais em nível nacional. O governo indiano estabeleceu várias políticas focadas em regulamentar e restringir rigorosamente as importações de tecnologia para proteger o esforço técnico local das empresas indianas. No entanto, em 1990, a crise do balanço de pagamentos desencadeou grandes mudanças na orientação da política industrial e econômica do governo indiano. De um conjunto de políticas relativamente voltado para o interior que estava em vigor até o final da década de 1980, o regime adotado em 1991 buscava derrubar os muros de proteção dentro dos quais a indústria indiana operava. A partir de 1991, houve uma mudança para a industrialização com foco numa economia mais aberta e voltada para a promoção de exportações, inclusive no setor automotivo.
A liberalização econômica em 1991 iniciou uma fase significativa no desenvolvimento da indústria automobilística indiana. O licenciamento de veículos foi abolido em 1991 e a tarifa média ponderada foi reduzida de 87% para 20,3% em 1997. Em 2001, o governo indiano removeu as cotas de importação de automóveis e permitiu 100% de IDE no setor. O governo reduziu os impostos especiais de consumo para 24% em automóveis de passageiros e concentrou-se no desenvolvimento de infra-estrutura de apoio. Neste período, a Mahindra & Mahindra fez uma transição de ‘trator e jeep maker’ para um moderno fabricante de automóveis de passageiros. Em 2002, a Mahindra & Mahidnra lançou o “Scorpio” como um veículo utilitário esportivo (SUV) – produto do esforço e desenvolvimento interno. Em 1989, a Suzuki aumentou sua participação acionária para 40% na empressa Maruti e Suzuki e três anos depois para 50%. Além disso, a Suzuki pagou um prêmio de controle de Rs 10 bilhões ao governo indiano para controle total da administração.
referencias aqui:
https://oro.open.ac.uk/30555/1/428-1512-2-PB.pdf
produção de veículos no mundo:
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_motor_vehicle_production
ambassador, o primeiro carro feito na Índia:
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Hindustan_Ambassador

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