O investimento em infraestrutura deverá crescer em 11% nesse ano em relação a 2022. Em termos nominais, o valor deverá superar a marca dos R$ 200 bilhões, dos quais 65% são oriundos do setor privado. O maior volume, de R$ 85 bilhões, será destinado à energia, em especial, para projetos de fontes renováveis. O setor de transportes vem na sequência com um valor previsto de R$ 67 bilhões, em sua maioria destinado às rodovias.
A terceira maior área a obter investimentos, será o setor de telecomunicações, com montante de R$ 26 bilhões, valor ainda abaixo do realizado em 2022. Por fim, o setor de saneamento, deverá receber R$ 24 bilhões em novos projetos decorrentes do marco legal implantado em 2020 que estabelece metas de universalização da oferta de água potável para 99% da população e de coleta e tratamento de esgoto para 90% da população até o ano de 2033. O volume investido em infraestrutura neste ano será equivalente a 2%do PIB, que esta estimado em R$ 10,5 trilhões. No ano passado, o percentual foi de 1,86%, apesar do aumento, o volume é ainda bem inferior aos 4% do PIB considerados essenciais para impulsionar a economia. O Brasil enfrenta um significativo déficit de investimentos em infraestrutura em várias áreas. Existe um hiato de investimentos de 2% do PIB que deveria ser realizado através investimentos privados e públicos. Os setores com maiores carências são:

1. Transporte: As estradas, portos, aeroportos e ferrovias brasileiras carecem de investimentos significativos para melhorar a logística e a conectividade interna e externa.
2. Energia: A infraestrutura energética do Brasil requer investimentos para expandir a geração de eletricidade, melhorar a eficiência e modernizar a rede elétrica.
3. Saneamento básico: A cobertura de esgoto e tratamento de água é inadequada em muitas regiões, o que impacta a saúde pública e a qualidade de vida.
4. Educação: A infraestrutura escolar, como prédios e equipamentos, precisa de atualização e expansão para atender às demandas educacionais.
5. Saúde: Hospitais e clínicas enfrentam desafios de infraestrutura, tornando a acessibilidade aos serviços de saúde um problema em muitas áreas.
6. Telecomunicações: Ampliar o acesso à internet de alta velocidade e melhorar a infraestrutura de telecomunicações é essencial para promover a inclusão digital.

O déficit de investimentos nessas áreas afeta o crescimento econômico, a qualidade de vida da população e a competitividade do Brasil no cenário global. A resolução desse problema requer um esforço coordenado do governo, setor privado e organismos internacionais para atrair investimentos e promover o desenvolvimento sustentável.