*escrito com Fausto Oliveira

Um mercado bilionário em que a participação produtiva brasileira é zero: plataformas de elevação de pessoas. Elas estão substituindo escadas e andaimes para dar acesso a alturas de 2 a cerca de 60 metros. Parece simples, mas pense na complexidade de um veículo autopropulsado com dispositivo de elevação sob controle exclusivo do operador transportado, e que visa maximizar o “envelope de trabalho” da cesta.

Não à toa, os dois grupos de produtos no Observatório da Complexidade Econômica que as englobam são de alta complexidade, somando um mercado mundial de cerca de US$ 16 bilhões.

https://oec.world/pt/profile/hs92/842710/

Há categorias destinadas para diferentes aplicações, como as plataformas tesoura que alcançam menor altura, mas conseguem ser mais estreitas e acessam ambientes internos.

A intensidade de conhecimento chega ao ponto de prescindir a elétrica e a hidráulica, conseguindo produzir um bem complexo apenas com o engenho, como as plataformas de baixa altura manuais. (em resposta ao “mito da tecnologia com cara tecnológica”.

Enfim, campeões mundiais do setor: JLG (EUA), Genie (EUA), Skyjack (Canadá), Manitou (França), Teupen (Alemanha), Sinoboom (China). O Brasil? Infelizmente, é só um consumidor. Como as peças e componentes são todos normatizados sob pena de fugir às obrigações de segurança, importamos o pacote completo. Seria impossível o país entrar nessa? Sim! Mas a briga seria grande, pois é um setor em expansão acelerada onde os leões mordem forte.
