Ao custo de mais de R$ 1,5 bilhão, a construção do Sirius foi lançada em 2007 pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva para o investimento em diferentes setores de infraestrutura do país no contexto do PAC. Trata-se de um gigantesco acelerador de partículas, do tamanho do estádio do Maracanã, construído na zona rural da cidade de Campinas, no campus do Cnpem (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais). Um dos projetos mais incríveis da história da ciência brasileira. um laboratório capaz produzir de luz síncroton, avaliado em R$ 1,8 bilhão, comparável ao MAX-IV, da Suécia. As pesquisas feitas ali estão na fronteira do conhecimento da física hoje. este enorme “circuito” serve para fazer circular feixes de elétrons de forma tão rápida que produzem luzes to tipo síncroton. Essa luminosidade funciona como um poderosíssimo raio-X. As imagens feitas pelo Sirius de um mineral similar ao do pré-sal brasileiro podem relevar as interações de líquidos com a rocha e levar à descoberta de novas substâncias para a indústria petrolífera, por exemplo.
Os ímãs foram feitos pela empresa WEG e as câmeras de vácuo pela paulista Termomecânica, por exemplo. “É uma grande oportunidade de testarmos no estado da arte desenvolvimento, produção e qualidade. Discutimos níveis de exigência na ordem de mícrons, o que tem exigido aprendizado e técnicas de extrema complexidade da nossa equipe. E esse conhecimento pode ser transferido para novos produtos”, contou o diretor industrial da WEG, Alberto
Agora, faça a conta dos investimentos que não deram em nada, naquele PAC, não precisa nem contar o que escorreu pela corrupção. Será a burocracia estatal acerta mais do que erra? será os custos de oportunidades não serão desfavoráveis ao intervencionismo? Intervencionismo, em culturas patrimonialistas, resolvem?