*escrito com Felipe Augusto
Em 2016, a então Presidente Bachelet anunciou um Plano para a cadeia produtiva do lítio, com o objetivo de estimular a produção de componentes para as baterias automotivas. Piñera, quando presidente, anunciou que um novo Plano estava sendo elaborado. Os dois Planos envolvem renegociar contratos com mineradoras para auxiliar os produtores de baterias. Em 2017, a Agência de Desenvolvimento Econômico do país, a Corfo, renegociou contrato com a americana Albemarle, a maior produtora de lítio no mundo. Em troca de uma permissão para expandir a extração de lítio no Atacama, a empresa se comprometeu a vender até 25% da sua produção a preços baixos para os produtores chilenos de baterias. A chilena SQM fez o mesmo para os compradores que investirem em tecnologias para baterias. As dificuldades são imensas, contudo. Para a Economist, a distância do país em relação aos demandantes de baterias, principalmente a indústria automobilística, é o principal empecilho, pois a cooperação com fornecedores no desenvolvimento da capacidade das baterias é fundamental. No Brasil, o fato do Chile não produzir carros é visto até mesmo como uma qualidade do modelo de desenvolvimento chileno. Para a Economist, o fato de quase ninguém produzir carros elétricos na América Latina não ajuda. Nesse ponto, a Bolívia saiu na frente do Chile, pois também possui reservas de lítio e Plano para desenvolver baterias, mas já produziu seu 1° carro elétrico.
Carro elétrico na Bolívia:
https://www.paulogala.com.br/carro-eletrico-bolivia/