*escrito com Felipe Augusto
Em 2016, a então Presidente Bachelet anunciou um Plano para a cadeia produtiva do lítio, com o objetivo de estimular a produção de componentes para as baterias automotivas. Piñera, o atual Presidente, anunciou em julho que um novo Plano estava sendo elaborado. Os dois Planos envolvem renegociar contratos com mineradoras para auxiliar os produtores de baterias. Em 2017, a Agência de Desenvolvimento Econômico do país, a Corfo, renegociou contrato com a americana Albemarle, a maior produtora de lítio no mundo. Em troca de uma permissão para expandir a extração de lítio no Atacama, a empresa se comprometeu a vender até 25% da sua produção a preços baixos para os produtores chilenos de baterias. A chilena SQM fez o mesmo para os compradores que investirem em tecnologias para baterias.
As dificuldades são imensas, contudo. Para a Economist, a distância do país em relação aos demandantes de baterias, principalmente a indústria automobilística, é o principal empecilho, pois a cooperação com fornecedores no desenvolvimento da capacidade das baterias é fundamental. No Brasil, o fato do Chile não produzir carros é visto até mesmo como uma qualidade do modelo de desenvolvimento chileno. Para a Economist, o fato de quase ninguém produzir carros elétricos na América Latina não ajuda. Nesse ponto, a Bolívia saiu na frente do Chile, pois também possui reservas de lítio e Plano para desenvolver baterias, mas já produziu seu 1° carro elétrico.
Carro elétrico na Bolívia: