O estudo da chamada “organização industrial” ajuda muito a entender a riqueza e pobreza das nações! Podemos entender a dificuldade de países pobres e de renda média em enriquecer a partir da ótica de organização industrial (microeconomia II). As atividades mais nobres do comércio mundial estão nos setores mais avançados, criativos e inovadores. Nesses setores reinam empresas que são detentoras de marcas únicas, patentes específicas, posições já estabelecidas com grandes economias de escopo e de escala, conteúdos tecnológicos proprietários. Em micro II estudamos que empresas nessa posição têm “poder de monopólio”; esses mercados se estruturam em oligopólios, monopólios ou concorrência monopolistica.
O grande problema dos países pobres e emergentes é que suas empresas são fracas, sem escala, sem conteúdo tecnológico proprietário relevante. Produzem com baixa produtividade, por isso pagam baixos salários. Esses países estão presos numa “armadilha de renda média”. Para avançar, suas empresas precisam conquistar mercados mundiais! De quem? Daquelas empresas ali de cima, que já estão estabelecidas em seus mercados com seus respectivos poderes de monopólio! Por isso o mercado não resolve! O que não quer dizer tbem que o governo resolve.
Existe um Faixa dinâmica de concorrência imperfeita nos produtos mais complexos. A faixa complexa de produtos exibe sempre características de concorrência imperfeita. Os produtos mudam mas alguns países/empresas conseguem sempre permanecer nessa faixa. A concorrência é dinâmica aí tbem, claro. mas depois os ricos conseguem novos produtos high tech e ficam sempre na fronteira. Industria->tecnologia->concorrência monopolistica->monopólio

