O problema do desemprego na visão keynesiana

Na visão keynesiana, o desemprego é um problema resultante da insuficiência da demanda agregada na economia. De acordo com John Maynard Keynes, a economia pode experimentar períodos de recessão ou desemprego persistente devido à falta de demanda efetiva. Keynes argumentava que a demanda agregada é composta por quatro componentes principais: consumo, investimento, gastos do governo e exportações líquidas. Durante uma recessão ou período de baixo crescimento econômico, esses componentes podem ser insuficientes para estimular a atividade econômica. Durante uma recessão, as famílias tendem a reduzir o consumo devido à incerteza econômica, as empresas diminuem os investimentos por falta de confiança e os governos podem enfrentar restrições orçamentárias que limitam seus gastos. Essa redução da demanda agregada pode levar a uma diminuição da produção e, consequentemente, ao aumento do desemprego. Além disso, Keynes também introduziu o conceito de “armadilha da liquidez”. Ele argumentava que, em certas circunstâncias, mesmo que os preços e salários caiam para estimular a demanda, as pessoas podem optar por reter dinheiro em vez de gastá-lo ou investi-lo. Essa preferência pela liquidez reduz ainda mais a demanda agregada, resultando em desemprego persistente. Keynes acreditava que o sistema de preços e salários, mecanismos de mercado tradicionais, pode não ser suficientemente rápidos ou eficazes para restaurar a demanda agregada em níveis adequados durante esses períodos de recessão. Ele argumentava que as economias podem ficar presas em um estado de desemprego devido à falta de demanda efetiva. Para resolver o problema do desemprego, Keynes propôs políticas econômicas ativas, como a expansão fiscal e a política monetária expansionista. A expansão fiscal envolve o aumento dos gastos do governo para estimular a demanda, enquanto a política monetária expansionista envolve a redução das taxas de juros pelo banco central para incentivar o investimento. Essas medidas visam aumentar diretamente a demanda agregada e impulsionar a atividade econômica. Em suma, na visão keynesiana, o desemprego é um problema causado pela falta de demanda efetiva na economia. As falhas do mercado em se ajustar automaticamente para alcançar o pleno emprego exigem intervenção governamental por meio de políticas econômicas ativas para estimular a demanda agregada e superar o desemprego persistente.

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