A Bolsa atingiu ontem a marca de 121k, a máxima do ano. O dólar também alcançou sua mínima desde abril 2022, chegando a R$4,72. Finalmente a Bovespa conseguiu romper a barreira dos 120k, após várias semanas oscilando entre 117k e 120k. O empurrão veio do aumento do preço do petróleo acima de U$80, além do aumento de mais de 1% do preço do minério de ferro. Os estímulos na China também tiveram seu papel, assim como a recuperação dos preços de commodities agrícolas, devido ao conflito na região da Rússia e Ucrânia. Essa alta de commodities impulsionou a Bovespa apesar das preocupações com a queda dos bancos devido a possíveis mudanças nos juros sobre capital próprio, uma peculiaridade brasileira que provavelmente será modificada. O Brasil tem apresentado o segundo melhor desempenho entre os mercados emergentes neste ano, perdendo apenas para o México. O gráfico de ETFs das bolsas emergentes mostra o excepcional desempenho brasileiro, com muitos acreditando que ele pode superar o rali visto no primeiro semestre. O México também se destaca, com a moeda atingindo sua máxima de mais de cinco anos e recuperando o patamar pré-pandemia. A expectativa de inflação no Focus mostra uma perspectiva favorável, com previsões de inflação mais baixa para os próximos anos. A trajetória da taxa Selic também permanece constante, indicando um ciclo de corte na próxima semana. O índice IPCA-15 mostrou uma deflação de 0,07% em julho. Além disso, outros indicadores, como a difusão e os núcleos, mostraram desaceleração das altas, especialmente nos serviços. Com todas essas boas notícias, o cenário para o início do segundo semestre é bastante positivo. O dado mais importante do dia é o IPCA-15, que contribui significativamente para as expectativas de corte de juros na semana que vem. Hoje começa a reunião do FED (Banco Central Americano), com a expectativa de uma alta de 0,25% na taxa de juros e possivelmente algum sinal sobre o término do ciclo de alta das taxas. Os indicadores de PMI dos Estados Unidos divulgados ontem mostraram um leve aumento, mas ainda indicam uma atividade econômica fraca, em zona de contração.
