J. Robert Oppenheimer foi um físico teórico americano que desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. Ele liderou o Projeto Manhattan, uma iniciativa ultrassecreta dos Estados Unidos para criar a primeira arma nuclear. O projeto foi lançado em 1939, quando cientistas, incluindo Oppenheimer, foram convocados para pesquisar e desenvolver a tecnologia necessária. A equipe trabalhou arduamente para superar inúmeros desafios técnicos e científicos, até que, em julho de 1945, o primeiro teste bem-sucedido da bomba foi realizado no deserto do Novo México. Esse teste ficou conhecido como “Trinity”.
No entanto, a criação da bomba levantou questões éticas e morais sobre seu uso. Apesar das preocupações, a bomba foi finalmente utilizada em Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, levando à rendição do Japão e ao fim da Segunda Guerra Mundial. A contribuição de Oppenheimer foi vital para o sucesso do Projeto Manhattan, mas após a guerra, ele enfrentou críticas e dilemas pessoais devido ao uso da bomba. Sua história é um exemplo complexo da interseção entre ciência, política e ética.
O governo americano desempenhou um papel crucial no Projeto Manhattan, o esforço para desenvolver a primeira bomba atômica durante a Segunda Guerra Mundial. O projeto foi uma iniciativa ultrassecreta que envolveu uma colaboração intensa entre cientistas, militares e líderes políticos. O projeto foi lançado oficialmente em 1942 e foi colocado sob a supervisão direta do Exército dos Estados Unidos. O governo mobilizou recursos substanciais, tanto financeiros quanto humanos, para garantir o sucesso do empreendimento. O General Leslie Groves foi designado para supervisionar a operação e gerenciar os aspectos logísticos e de segurança.
O governo forneceu fundos generosos para a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias nucleares. Alocou enormes orçamentos e incentivou a colaboração entre instituições acadêmicas, laboratórios de pesquisa e indústria. Além disso, a administração do Presidente Franklin D. Roosevelt priorizou o Projeto Manhattan como um elemento crucial para ganhar a guerra.
O governo desempenhou um papel na tomada de decisões sobre a utilização da bomba atômica. Quando o desenvolvimento da bomba estava chegando ao fim, o governo americano decidiu usá-la contra o Japão, visando acelerar o fim da guerra e evitar a invasão do território japonês. A decisão de lançar as bombas em Hiroshima e Nagasaki foi uma escolha difícil, mas influenciada por considerações estratégicas e militares. Em resumo, o governo americano teve um papel central no Projeto Manhattan, fornecendo recursos financeiros, orientação estratégica e apoio logístico. Sua liderança e investimento foram cruciais para a criação bem-sucedida da bomba atômica e sua subsequente utilização no contexto da Segunda Guerra Mundial.
O Projeto Manhattan não apenas resultou no desenvolvimento da bomba atômica, mas também impulsionou o avanço de várias tecnologias e campos científicos que tiveram um impacto duradouro. Algumas das novas tecnologias desenvolvidas durante o projeto incluem:
1. **Reatores Nucleares:** Para produzir os materiais necessários para a fissão nuclear, os cientistas do Projeto Manhattan construíram os primeiros reatores nucleares. Esses reatores não apenas forneceram os elementos necessários para a bomba, mas também abriram caminho para a geração de energia nuclear para uso civil.
2. **Separação de Isótopos:** A separação dos isótopos do urânio foi uma parte crucial do projeto. Técnicas como a difusão gasosa e a ultracentrifugação foram desenvolvidas para enriquecer o urânio em isótopos fissionáveis. Essas técnicas tiveram aplicações em outras áreas, como a geração de combustível nuclear.
3. **Tecnologias de Detecção e Medição:** Para monitorar e entender os processos nucleares, foram desenvolvidos instrumentos avançados de detecção de radiação e dispositivos de medição de partículas subatômicas. Essas tecnologias contribuíram para avanços na física de partículas e na radiologia.
4. **Supercomputadores e Simulações:** Para modelar e simular as reações nucleares, os cientistas precisavam de capacidades computacionais avançadas. Isso levou ao desenvolvimento de máquinas precursoras dos supercomputadores modernos, estabelecendo as bases para a modelagem científica complexa.
5. **Conhecimento sobre Materiais e Reações Nucleares:** O projeto aumentou significativamente o entendimento científico sobre a física nuclear e as propriedades dos materiais em condições extremas. Isso contribuiu para o desenvolvimento contínuo de tecnologias nucleares e a compreensão das reações nucleares.
6. **Tecnologias de Controle e Detonação:** A criação das bombas atômicas exigiu o desenvolvimento de sistemas de controle e detonação altamente precisos. Essas tecnologias, embora inicialmente projetadas para fins militares, tiveram aplicações em áreas como a mineração e a construção civil.
O Projeto Manhattan começou modestamente em 1939, mas cresceu e empregou mais de 13 mil pessoas e custou cerca de dois bilhões de dólares (o equivalente a cerca de 26 bilhões de dólares de 2013. Mais de 90% do custo foi para a construção de fábricas e produção de materiais radioativos com menos de 10% para o desenvolvimento e produção das armas. A pesquisa e produção ocorreu em mais de 30 locais nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.
Dois tipos de bomba atômica foram desenvolvidos durante a guerra. Um tipo relativamente simples de arma de fissão, a Little Boy, foi feito utilizando urânio-235, um isótopo que representa apenas 0,7% do urânio natural. Uma vez que é quimicamente idêntico ao isótopo mais comum, o urânio-238, e tem quase a mesma massa, o urânio-235 revelou-se difícil de separar do urânio-238. Três métodos foram utilizados para o enriquecimento do urânio: eletromagnético, gasoso e térmico. A maior parte deste trabalho foi realizado em Oak Ridge, Tennessee.
Em paralelo com o trabalho com urânio, também houve um esforço para produzir plutônio. Reatoresforam construídos em Oak Ridge e Hanford, Washington, onde o urânio foi irradiado e transmutado em plutônio, que então foi separado quimicamente do urânio. O projeto, no entanto, se provou impraticável para ser usado com plutônio. A arma do tipo de implosão Fat Man foi desenvolvida em um esforço de construção e pesquisa no Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México.
O legado tecnológico do Projeto Manhattan foi vasto e diversificado. Muitas das tecnologias desenvolvidas originalmente para fins militares encontraram aplicações benéficas em uma variedade de campos, incluindo energia, medicina, ciência dos materiais e pesquisa científica em geral.
Teve sim essas repercussões tecnológicas.
E também fins de vingança por Pearl Harbour.
O uso das bombas foi feito em cidades previamente escolhidas e poupadas até então. Para fins de avaliação dos resultados em bens e pessoas.
O general Curtis Le May, que orientou Trumann a bombardear, dizia que “a guerra é o exercício da crueldade “.
Uma quarta bomba foi reservada para chantagear a URSS.
E já rolava a Terceira Guerra Mundial, que foi chamada de Guerra Fria.
Os desenvolvimentos nesse período de guerra foram absurdos. O que se desenvolveu tecnológicamente em 6 anos de segunda grande guerra, levaria décadas em tempos de paz. De lado a lado vários foram os inventos e os novos desenvolvimentos tecnológicos para supremacia militar. Alan Turing talvez tenha sido um daqueles que ficou nas trevas por muitos anos e ainda sofreu perseguição implacável, culminando com o seu suicídio. Se ele tivesse continuado seus trabalhos e desenvolvimentos por mais algumas décadas, os atuais smartphones, pc’s, etc … já seriam obsoletos e estariam expostos em museus tecnológicos.