O mapa acima mostra a participação dos empregos industriais e serviços empresariais no total de empregos de diversos países emergentes e desenvolvidos no eixo y e suas respectivas complexidades econômicas no eixo X. O Brasil se destaca com o pior nível de emprego industrial entre os emergentes e com um dos mais baixos níveis da amostra. EUA, França, UK e Áustria tem baixo emprego industrial em termos relativos e enorme complexidade produtiva. Austrália tem baixa complexidade, baixo nível de empregos industriais mas tem um elevado número de empregos no setor de serviços sofisticados.
A tabela abaixo mostra que Austrália e EUA tem baixa ocupação da população na industria da transformação (em 1995 o numero era de quase 12% na Austrália) e grande quantidade de pessoas empregadas no setor de serviços sofisticados. Mesmo tendo já empregado muitos trabalhadores no setor industrial, hoje esses dois países conseguiram migrar para um perfil de emprego que privilegia os serviços sofisticados, principalmente. A Austrália que já teve praticamente 25% do seu PIB em industria nos anos 60 vem empregando muita gente em serviços sofisticados (principalmente financeiro) e muita gente na construção (parecido com China que tem quase 10% da população construindo prédios).
Os EUA que já tiveram 20 milhões de trabalhadores em manufaturas migraram também para um perfil de serviços financeiros e empresariais, apesar de que o contingente de pessoas empregadas em serviços não sofisticados nos EUA tem crescido de forma preocupante. A tabela da sequencia mostra cálculos de produtividade (valor adicionado/ocupados) do trabalho nesses diversos setores para o Brasil; estimativas para EUA, Austrália e outros países do resto do mundo não são muito diferentes. Os tipos de ocupação e de atividades produtivas tem produtividades do trabalho muito distintas. Países que empregam pessoas em industria e serviços sofisticados são produtivos; países que empregam muitas pessoas em agricultura, serviços não sofisticados e construção civil não são produtivos. O mapa de ocupações ou empregos diz muita coisa sobre quem é rico e quem é pobre.
matéria The Economist sobre o tema
dados sobre complexidade e empregos industriais
“serviços sofisticados”
Legal, só que trabalhos na esfera da circulação são improdutivos
Não geram valor
Claro que um marginalista como você nunca vai entender isso e por isso nunca vai conseguir explicar a crise
Belo ponto marxista! Thanks!