Países apenas agrícolas e mineradores são mais desiguais: Por quê?

O mapa abaixo retirado do paper de Hartamnn at al mostra os produtos do comercio internacional e suas respectivas desigualdades: cada bolinha e’ um produto, quanto mais azul menos “desigual o produto”. Para calcular isso basta olhar o GINI médio ponderado dos principais produtores de cada produto no mundo. Os produtos agrícolas e minerais “produzem” a maior desigualdade. As manufaturas médium/high tech do centro da rede “produzem” menor desigualdade. Por que? Quem produz as maquinas para agricultura e mineração e’ rico e tem baixa desigualdade!

ver paper de Dominik Hartman, Cesar Hidalgo, et al aqui

https://www.paulogala.com.br/a-desigualdade-de-um-pais-diminui-conforme-sua-complexidade-economica-aumenta/
https://www.paulogala.com.br/a-economia-das-ideias-quando-a-educacao-leva-ao-enriquecimento/
https://www.paulogala.com.br/minas-e-pocos-de-petroleo-australia-chile-arabia-saudita-kuwait-qatar-e-emirados-arabes/

4 thoughts on “Países apenas agrícolas e mineradores são mais desiguais: Por quê?”

  1. Nem sempre isso é verdade. Veja o caso do Chile. Devem existir outros. Então, a pergunta natural: O que o Paraguai não fez que o Chile e outros fizeram? Uma resposta inicial seria : ajustes na estrutura produtiva de forma a manter oportunidades para a população, inclusive com politica de salário mínimo “consistente”. Veja o caso brasileiro. O que fizemos para dar conta de problemas criados na agricultura com o apoio à monocultura e uso intensivo de politica de modernização do campo? Nada, por isso tanta miséria. Ainda , para o caso brasileiro, dá tempo de fazer algo. Um programa de apoio a essa turma nunca foi feito no Brasil. Imagino que 3 trilhões poderia ajudar uns 120 milhões de pessoas. Em dez anos, poderíamos ter resolvido o problema da desigualdade chocante e miséria inaceitável. O programa ficaria na ordem de 300 bilhões ano. Como esse programa colocaria uns 30 a 40 milhões de pessoas na formalidade teria um efeito positivo imediato nas contas previdenciárias, sem falar no aumento de tributos e bem estar social.

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