Em seu livro State Directed Development Atul K. mostra em detalhes os acertos e erros de quatro países: Brasil, Coreia do Sul, Índia e Nigéria. Vale muito a pena ler seu livro para se livrar dos dogmas “libertários” e “estatizantes”, dois polos ideológicos que mais atrapalham do que ajudam! O Estado deve sempre atuar para garantir a lucratividade dos empresários que investem para transformar o país no sentido de aumentar a produtividade e dar passos rumo a sofisticação produtiva (avanços tecnológicos, conquista de mercados externos, etc). O mercado precisa da ajuda do estado para promover desenvolvimento econômico (mudança estrutural). Para o autor o estado tem que intervir para garantir a lucratividade dos investimentos, para estimular os empresários que são os agentes de mudança na busca do lucro. Sem a intervenção e coordenação estatal isso não é possível. Atul define três “tipos ideais” de estado pra melhor entender a história recente dos países em desenvolvimento. São peças analíticas interessantes!

Tipos de estado:

1)neopatrimonialista continua colocando os interesses do ditador e ministros acima dos interesses do país, corrupção solta e pouco foco em crescimento e desenvolvimento (Nigéria e Indonésia)

2)capitalista-aglutinador, também conhecido como estado desenvolvimentista tem como meta o crescimento rápido e desenvolvimento econômico. Conta com uma burocracia técnica e competente (Coreia e Brasil dos militares)

3)estados fragmentados multiclasse: diferentemente dos estados patrimonialistas já se caracterizam como estados modernos no trato da “rés-pública”. Servem a uma miríade de demandas sem foco específico no crescimento e desenvolvimento. (Brasil recente e Índia)

Victoria Chick analisa política industrial:

https://www.themintmagazine.com/industrial-policy-then-and-now