As tensões no Oriente Médio persistem, com o preço do petróleo tendo ultrapassado os noventa dólares. Há preocupações contínuas sobre o impacto desse conflito na inflação, via preço do petróleo. O Ibovespa subiu 1,3% na semana passada, em parte devido a esse cenário, por influência das empresas petrolíferas. A próxima semana trará muitos dados econômicos relevantes, incluindo vendas no varejo no Brasil, nos Estados Unidos, além do PIB chinês. As expectativas em relação ao crescimento chinês são altas. Na quarta-feira, teremos as vendas no varejo no Brasil e, na quinta-feira, o IBCBR, que é um indicador que tenta antecipar o PIB. O Focus ainda mantém projeções para o PIB em torno de 2,90% para 2023, mas o crescimento deverá superior a 3%. Uma boa notícia é o corte nas expectativas de inflação para este ano, de 4,86% para 4,75%. No entanto, as projeções ainda estão acima da meta de inflação, que é de 3% para o ano que vem. A taxa Selic deve terminar o ano em 11,75%, com a possibilidade de mais dois cortes de 0,50%. Há divergências entre gestores e economistas sobre a trajetória da Selic: a curva de juros projeta uma SELIC final em 10%, enquanto o relatório focus coloca a taxa em 9% no final do ciclo. O mercado está atento também ao nível de atividade econômica nos Estados Unidos, com preocupações sobre um possível superaquecimento econômico e a incerteza quanto a uma “Soft Landing”, que deve influenciar as decisões do Federal Reserve (FED) em relação às taxas de juros de curto prazo.
