Petróleo bate máxima do ano e traz preocupações com inflação

A bolsa voltou a registrar queda ontem, encerrando em 117k pontos. As preocupações se intensificaram com anúncios de restrições de oferta de petróleo feitas por Rússia e Arábia Saudita. As reservas americanas atingiram mínimas de duas décadas. Isso tem gerado receios de inflação persistente. O preço elevado do petróleo a U$90 já está exercendo pressão novamente em preços da gasolina nos Estados Unidos que teve aumentos significativos nas últimas semanas. Apenas ontem, o petróleo subiu mais um por cento, chegando a 91 dólares, para depois voltou a 90 dólares. Já há estimativas indicando que a inflação pode voltar a subir para 3,5% ou até 3,8% no acumulado dos próximos doze meses. Isso é uma má notícia para as expectativas de política de juros do Federal Reserve (FED). O mundo está enfrentando, hoje, o temor da inflação, além de uma notícia negativa vinda da Alemanha onde as encomendas da indústria despencaram mais de dez por cento, marcando uma das maiores quedas em décadas. É importante lembrar que a indústria alemã é uma das mais importantes do mundo, muitas vezes chamada de a fábrica do mundo. As condições econômicas na Europa têm sido fracas, com desaceleração também na China e nos Estados Unidos, resultando em um cenário global de atividade econômica mais fraca. No Brasil os juros longos subindo novamente, agora acima de 11%. O dólar se valorizou frente ao real, subindo 0,82% e atingindo a marca de 4,97 reais. A bolsa brasileira também registrou queda. O IGP-DI divulgado hoje trouxe uma notícia positiva, com uma alta de apenas 0,05%, abaixo das expectativas, que eram de 0,14%. No acumulado do ano, o índice apresenta uma deflação de 5,30%. A queda de preços no IPA Agro contribuiu para segurar o IGP-DI, registrando uma redução de 0,84%. Por outro lado, o IPA Industrial subiu 0,35%. É importante lembrar que o IGP-DI é composto por 60% do IPA, 30% do IPC e 10% do INCC. A boa notícia foi a deflação de 0,22% registrada pelo IPC, contribuindo para a redução dos preços no índice geral no Brasil.

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