O grande destaque desta manhã foi o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que teve um crescimento muito superior ao que era esperado chegando a 0,9% no segundo trimestre, enquanto o mercado estimava algo em torno de 0,2% a 0,3%. Esse resultado já garante um crescimento anual de 3% para este ano, e há até a possibilidade de um desempenho ainda melhor. Em comparação com o segundo trimestre do ano passado, houve um aumento de 3,4%. No acumulado dos últimos quatro trimestres, o crescimento foi de 3,2%, colocando o PIB brasileiro em seu patamar mais alto na série histórica, com um aumento de 7,4% em relação ao pré-pandemia de 2019. Os setores que mais se destacaram foram a indústria extrativa, especialmente ligada ao petróleo e gás, e os serviços financeiros. Vale ressaltar que o Brasil agora é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, com mais de três milhões de barris por dia, um aumento significativo em relação ao passado. Além disso, o Brasil se tornou um centro importante para a transição energética global, com a disponibilidade de minerais essenciais para a produção de baterias elétricas, fertilizantes limpos, biometano, amônia verde, hidrogênio verde, entre outros. Isso coloca o Brasil em uma posição extremamente favorável em termos de crescimento em comparação com o resto do mundo. O setor agropecuário apresentou uma leve queda, o que já era esperado após um crescimento de mais de 10% no primeiro trimestre. A queda de 0,9% no segundo trimestre foi menor do que o previsto. Em relação aos ativos financeiros, o mês de agosto não foi favorável. A bolsa brasileira teve uma queda de 5%, a primeira desde março, embora ainda acumule um aumento de 5,4% no ano. O dólar subiu 4,7%, e os juros longos também aumentaram, devido às preocupações com a dinâmica fiscal do governo. No cenário internacional, as bolsas americanas também não tiveram um bom desempenho, com uma queda de 1,5% no mês. No entanto, houve uma melhoria nas preocupações com o aumento dos juros nos Estados Unidos, à medida que os dados de mercado de trabalho mostraram uma criação de empregos um pouco abaixo do esperado. Os mercados financeiros enfrentaram desafios em agosto, tanto no Brasil quanto internacionalmente, com preocupações em relação aos juros e à dinâmica fiscal. Ainda assim, há otimismo em relação ao potencial do Brasil na transição verde e ao crescimento contínuo da economia.
