*escrito por João Romero
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a base da teoria cepalina é a dinâmica centro-periferia. EUA é centro. Em linhas gerais o plano Biden é sim bem próximo das proposições atuais da CEPAL.O q Biden propõe é política industrial e tecnológica verde, associadas à redução de desigualdade. A forma de fazer e os desafios são bem diferentes no centro e na periferia. Mas não a direção. EUA tem tido déficits primários por décadas, por ser a maior economia do 🌎 e q emite e moeda mundial. Nosso espaço aqui é menor. Nunca vi economistas de esquerda nem da CEPAL serem contra aumento de impostos sobre os mais ricos. Pelo contrário. Sobre quem recebe os benefícios, há outra falácia. Quem recebe os recursos dos projetos de infraestrutura e desenvolvimento industrial e tecnológico são empresas. É assim em todo lugar do mundo. Todos os países defendem e apoiam a competitividade das suas empresas. Alguém crítica os bilhões de investimento público americano em P&D? Ou o gasto em pesquisa militar? Tudo isso depois é revertido em benefício de empresas americanas, q lucram com as inovações geradas com recursos públicos. É o mesmo q um subsídio, mas de forma indireta. O importante é garantir q as empresas recebedores de recursos atinjam os objetivos propostos, estabelecendo acompanhamento dos resultados e regras de saída. Não há nada de novo. É o q diversos países europeus e asiáticos fizeram e ainda fazem. Ao incentivar a produção industrial high-tech, incentiva-se criação de empregos de qualidade e diversos transbordamentos positivos tanto na produção como na sociedade. Em resumo, o plano Biden é sim bem semelhante (não igual) ao q desenvolvimentistas propõem pro Brasil.