PMI mostra desaceleração industrial na China

Encerramos o mês de outubro com uma queda de 3% na Bovespa. Foi um mês desafiador, marcado por uma alta volatilidade. Três fatores impactaram negativamente o IBOVESPA. Primeiro, o aumento significativo das taxas de juros longas nos EUA, chegando a 5%, o que penalizou ativos de risco de maneira geral, incluindo a bolsa americana, a bolsa brasileira e as bolsas de mercados emergentes, bem como a Europa. Em segundo lugar, o conflito no Oriente Médio trouxe incertezas ao mercado. Em terceiro lugar, as questões fiscais no Brasil voltaram a pesar na bolsa no final de outubro. Outros fatores que merecem destaque incluem a desaceleração na China segundo a última medida do PMI Caixin; também uma possível desaceleração nos Estados Unidos no quarto trimestre segundo dados do GDP Now do FED Atlanta. Os dados do ADP, que antecipam a criação de empregos, mostraram a criação de 113 mil vagas, abaixo das expectativas de 150 mil, e na sexta-feira, esperamos um relatório de emprego semelhante. Em relação ao Brasil, a produção industrial em setembro registrou um leve aumento de 0,1%, mantendo a indústria praticamente estagnada. Isso é particularmente preocupante, pois a economia brasileira cresceu mais de 10% nos últimos três anos, com a indústria registrando zero crescimento. A indústria extrativa, o setor de serviços e as exportações têm sido os principais impulsionadores do crescimento. Hoje é a “super quarta”, com decisões tanto do Banco Central Brasileiro quanto do Federal Reserve (Fed). Espera-se que o Copom reduza a taxa Selic em 0,5%, trazendo-a para 12,25% e sinalize mais um corte de 0,5% para a reunião de dezembro. A grande incógnita é onde a Selic terminará no próximo ano. Nos Estados Unidos, o Fed deve manter as taxas de juros inalteradas em 5,5%. Há poucas dúvidas sobre as decisões em si mas o mercado aguarda atentamente os comunicados tanto do Copom quanto do Fed para entender os próximos passos na política monetária.

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