Semana carregada de indicadores e decisões importantes. O Bovespa na semana passada esteve bem próxima do recorde do ano, atingindo 124.100 pontos, na máxima do ano, a Bovespa chegou a 120.400. Na sexta-feira, teve uma alta de 1,81% e, na semana, subiu 2%, com um volume de negociações bastante expressivo de R$50 bilhões, se destacando em relação às bolsas estrangeiras, principalmente nos Estados Unidos, onde a semana não foi tão positiva. O Brasil acabou se destacando com o dólar perdendo força em relação ao real, chegando a R$4,78. Vale lembrar que na próxima semana teremos a decisão do COPOM sobre os juros, e existe uma certa divisão no mercado em relação a isso. A expectativa é que os juros comecem a cair, e há mais apostas em um corte de 0,5% na reunião do dia 02/Agosto. Amanhã teremos a divulgação do IPCA-15, que provavelmente trará uma deflação de cerca de 0,10% para os preços da primeira quinzena do mês. É importante ressaltar que também tivemos deflação nos IGPs na semana passada, o que contribui para um cenário bastante positivo de inflação no Brasil.
Hoje pela manhã, diversos PMIs de atividade econômica na Europa mostraram resultados preocupantes, apontando para uma importante contração da atividade econômica na região, principalmente na França e Alemanha, com valores abaixo de 50 pontos no PMI composto. O setor de serviços europeu está um pouco melhor do que o setor industrial, este último sofrendo uma queda muito forte na Alemanha, sinalizando um declínio importante na atividade econômica em julho. Na quinta-feira, teremos a reunião do BCE (Banco Central Europeu), em que se espera que eles subam a taxa de juros, porém, provavelmente sinalizem o término do ciclo de alta de juros. Os últimos comentários dos diretores do BCE apontam para uma postura mais suave, buscando evitar uma recessão na Europa, onde já há países enfrentando recessão com os dados recentes de PIB divulgados.
Também nesta semana teremos a divulgação do PIB americano do segundo trimestre e a inflação dos Estados Unidos, medida pelo PCE, um índice muito importante acompanhado pelo Federal Reserve (FED). Na quarta-feira, haverá a reunião do Banco Central Americano, que provavelmente aumentará a taxa de juros em 0,25%, elevando-a para 5,5%. Essa pode ser a última alta de juros do FED, marcando o final do ciclo de alta de juros, já que os dados recentes, incluindo os PMIs e o mercado de trabalho, mostram sinais de fraqueza na economia americana. Portanto, a semana se apresenta com decisões importantes do BCE e do FED, além das divulgações do PIB e da inflação nos Estados Unidos e do IPCA-15 no Brasil.