A semana está mais tranquila devido aos feriados tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o que tende a resultar em um volume de atividade mais baixo nos mercados. Um destaque importante da semana é a divulgação de dados de PMI que medem a atividade econômica. Na China o indicador veio um pouco pior do que o esperado mostrando que a atividade está em expansão, mas em um ritmo mais lento do que o esperado. Isso afetou a abertura das bolsas hoje, que estão em queda. Os dados da PMI na Europa também não estão animadores, com contração forte. Alguns países europeus já estão entrando em recessão. O Banco Central Europeu deve aumentar a taxa de juros em mais uma ou duas vezes no máximo em doses de 0,25%, para lidar com a situação de inflação elevada e atividade fraca. Preocupa a nova alta dos preços de energia, principalmente o gás e o petróleo, que estão em alta devido às restrições de oferta da OPEP+. No Brasil, a produção industrial teve uma queda significativa de 0,6% em Julho contra Junho, evidenciando a desigualdade de crescimento na economia brasileira. Setores como commodities, agricultura e mineração estão indo muito bem, mas a produção manufatureira está em contração. O setor de máquinas e equipamentos está sofrendo especialmente com SELIC elevada. A ressaca do termino do programa de descontos para veículos também afetou a indústria automobilística. O PMI de serviços do Brasil de Agosto também veio fraco na marca dos 50. O corte na taxa de juros traz boas perspectivas para a indústria, mas o primeiro semestre foi desafiador para a produção manufatureira. Hoje teremos divulgação de encomendas da indústria para os Estados Unidos, e as falas do presidente do Banco Central, Campos Neto, e de outros diretores do BC. A próxima discussão será sobre o nível terminal da taxa SELIC.