Preços no atacado dos EUA voltam a subir

Os mercados continuam se acalmando com um rali de compra de títulos públicos americanos, destacando a importância desses ativos como porto seguro. Desde o início do conflito no Oriente Médio houve uma busca por essas treasuries, resultando em uma queda significativa nas taxas de juros de 10 anos para 4,60%; a maior queda em dois dias desde julho. Isso também trouxe estabilidade para as bolsas, tanto nos Estados Unidos, Europa, quanto no Brasil. Os comentários dos diretores do FED têm contribuído para aliviar as preocupações, indicando uma postura mais flexível em relação ao ciclo de alta de juros. Há a percepção de que o ciclo de aumentos de juros pode estar chegando ao fim nos EUA. No Brasil, tivemos boas notícias com a divulgação do IPCA de setembro que ficou abaixo das expectativas em 0,26%. Os alimentos e bebidas contribuíram para essa desaceleração. Isso pode abrir espaço para cortes adicionais na taxa SELIC, mas a discussão agora gira em torno de onde o ciclo de redução de juros deve terminar, com cenários variando entre 10% e 9% ou 9,5%. Além disso, dados da construção civil do IBGE indicaram estabilidade nos preços na leitura de setembro. Nos Estados Unidos, o PPI (índice de preços no atacado) veio um pouco acima do esperado com influência negativa dos preços do petróleo e gasolina. Amanhã, o CPI (índice de preços ao consumidor) nos EUA será o dado mais importante da semana e fornecerá informações sobre a inflação. Hoje a tarde teremos a divulgação da ata da ultima reunião do FED nos EUA. No geral, o cenário está mais tranquilo nesta semana, com o alívio nos mercados e a discussão sobre o término do ciclo de alta de juros nos EUA.

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