Bernanke anunciou em Dezembro o QE4: compra de títulos de longo prazo em 2013 sem vender títulos de curto prazo da carteira do FED que já acabaram. As compras seguirão até que o desemprego caia abaixo de 6,5% ou a inflação ultrapasse 2,5%. Somado ao QE3 haverá um injeção de aproximadamente 85 bilhões de dólares por mês na economia americana. QE1+QE2+QE3+QE4 devem levar a base monetária americana para perto de 4 trilhões no final de 2013, 4 vezes o valor de 2008. Mas segundo Bernanke o problema maior é o abismo fiscal que já atrapalha o nível de atividade nos EUA. A esta altura o que mais importa é saber se EUA vão crescer ou não em 2013. Foram a única região rica a ter recuperado o nível de produção pré-crise (EURO, UK não conseguiram). Uma recessão nos EUA em 2013 não está no radar dos mercados e seria devastador para as bolsas no Brasil e no mundo. Importante lembrar que EUA ainda são a locomotiva do mundo e sem crescimento por lá a economia mundial para.
Plano Draghi na Europa e QE4 significam monetização ilimitada até que certos parâmetros sejam atingidos. No caso europeu o receituário da troika será o remédio amargo para ter acesso a fundos ilimitados do BCE, uma monetização recessiva e deflacionária. No caso do FED a monetização não traz “custos” em termos de nível de atividade que ficam por conta do acordo (acordos?) em relação a política fiscal americana. Algum acordo mais amplo entre democratas e republicanos deverá ser atingido ao longo do ano. Tanto na Europa quanto nos EUA estão dadas as condições para a continuidade de intervenções maciças e sem precedentes na historia monetária do século XX. Esse tsunami monetário evitará, provavelmente, uma possível debacle de países ou bancos, colocando assim um piso para as bolsas.