Quanto vale uma Ferrari nova? E essas mesmas peças e materiais quebrados depois de um acidente com o carro? O valor claramente está incorporado no design, no motor, na combinação de todos os equipamentos; na engenharia e beleza de uma Ferrari. O exemplo é de César Hidalgo em seu livro Why Information Grows (http://news.mit.edu/2015/3-questions-economies-computers-products-information-0609). Para Hidalgo produtos são “cristais da imaginação”(https://www.uboeschenstein.ch/texte/HidalgoWhyInformationGrows.pdf). Num plano bem abstrato podemos dizer que há “capital humano” incorporado às matérias primas do carro. Num plano mais concreto melhor seria dizer que há uma rede industrial complexa envolvida na produção do veículos: milhares de pessoas e empresas trabalhando nessa cadeia produtiva. A complexidade econômica é a mediação, o meio pelo qual, o capital humano é incorporado ao processo produtivo. É um passo lógico essencial que falta aos economistas mais ortodoxos. O passo para entender as diferentes estruturas produtivas, as atividades high tech e os serviços sofisticados. Como medir produtos e serviços intangíveis? (Cristelli M, Gabrielli A, Tacchella A, Caldarelli G, Pietronero L (2013) “Measuring the Intangibles: A Metrics for the Economic Complexity of Countries and Products”, PLoS ONE 8(8): e70726. doi:10.1371/journal.pone.0070726)
Construindo complexidade: uma nova maneira de encarar o processo de desenvolvimento econômico
Um dia (com os processos produtivos barateando, robotizando e se espalhando pelo mundo) a era das indústrias como grande agregador de valor vai passar, quem surfou, surfou…