Recessão nos EUA?

Os mercados estão aguardando ansiosamente o que vai acontecer na reunião do Fed, na quarta-feira da semana que vem e os dados importantes que serão divulgados sobre a economia americana, incluindo o PIB e o PCE, que é um indicador de inflação crucial. Espera-se que a decisão de taxa de juros seja um aumento de mais 0,25%, elevando a taxa básica para 5,5%. Os indicadores de atividade dos Estados Unidos continuam apontando para uma desaceleração significativa, e os indicadores regionais já mostraram níveis praticamente compatíveis com uma recessão. No Brasil, a semana que passou trouxe dados de atividade econômica bem piores do que o esperado. O monitor do PIB da FGV mostrou uma queda de 3% em maio, e o IBCBR do Banco Central revelou uma queda de 2%, ambas bem piores do que as estimativas. As vendas no varejo também apresentaram uma queda de 1% em maio, mostrando que o segundo trimestre para o Brasil está sendo mais difícil do que o esperado, certamente mais desafiador do que o primeiro trimestre. Isso aumenta a chance de um corte de taxa de juros maior pelo Banco Central em sua reunião de agosto. Os indicadores de crédito divulgados pelo Ministério da Fazenda também mostraram uma contração de crédito no Brasil, o que é outro indicador preocupante, pois sabemos que a contração de crédito caminha junto com a queda do PIB. É um índice que se alinha com o que foi divulgado na semana anterior. No cenário internacional, as bolsas lá fora tiveram um leve aumento, mas a Bovespa aqui no Brasil estacionou nos 118k e não conseguiu ultrapassar a barreira dos 120k. Os juros futuros também tiveram uma leve alta ontem, e o dólar se valorizou um pouco mais. A agenda está mais vazia devido ao recesso no congresso, então os mercados também estão em compasso de espera em relação aos próximos passos e reformas. Hoje, não temos praticamente nenhum índice importante sendo divulgado. Vamos acompanhar os desdobramentos na próxima semana.

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