Nossa recuperação não virá por investimentos em fábricas, galpões, prédios residenciais e comerciais ou shopping centers por um motivo simples: existe um excesso de oferta e capacidade ociosa no país nesses setores depois da enorme expansão observada de 2004 a 2014. As fábricas brasileiras continuam vazias e as máquinas quase paradas – nenhum empresário vai investir para expandir capacidade em um ambiente desses. Em infraestrutura, a história é outra: há gargalos de capacidade nos setores de mobilidade urbana, especialmente metrô, saneamento, rodovias, ferrovias e portos em todo o país. Aqui, apesar do recuo do investimento público e do BNDES, existe grande possibilidade de expansão com a agenda de PPPs e concessões. O investimento virá por aí. A recuperação via consumo também vai ajudar. A melhora do clima e confiança mostrada nas sondagens trará um aumento de consumo das famílias, ainda que muito lento e gradual. A reversão da trajetória de alta de desemprego, ainda que com vagas informais e de baixa qualidade, trarão algum estímulo para consumo. A forte queda da SELIC vai contribuir para a redução do peso das dívidas das famílias e empresas e também para a canalização de poupanças para financiamento de projetos de infraestrutura de longo prazo via PPPs e concessões. As exportações têm contribuído, também, mas apenas em commodities e setor agrícola, que têm poder de empuxo muito baixo em nosso PIB. O canal das exportações ajuda no momento muito mais por trazer dólares via commodities. Sem um câmbio competitivo, as exportações industriais não podem dar sua contribuição para a retomada da atividade de maneira robusta.
Ainda pensando sob a ótica da demanda, a política fiscal segue contracionista e por aí não virá a retomada. Estamos em um caso clássico de livro texto de expansão monetária e contração do gasto público. Só que, dessa vez, a ociosidade da economia é enorme. Sob a ótica da oferta, nossa expansão de PIB se dará, portanto, pelos serviços e bens industriais ligados ao consumo, por obras e equipamentos ligados ao setor de infraestrutura e por produção de commodities e bens agrícolas. Será uma recuperação lenta, pois o desemprego está ainda muito elevado e o investimento público em mínimas históricas. A volta da apreciação cambial também reduz o ímpeto industrial. A inflação seguirá baixa e os juros em patamares bem menores ainda por um bom tempo.
Prezado Paulo
Antes de mais nada é preciso consumir mais energia para gerar mais trabalho de modo a não termos 14 MM de desempregados. feito isto, as coisas se equilibram , naturalemente
O Brasil vive uma crise, onde vários componentes se destacam. Todas as reformas e os 14 MM de desempregados. O princípio básico da lógica afirma o seguinte:
NÃO SE COMBATE O PROBLEMA, MAS A CAUSA DO MESMO
Acontece que o diagnóstico da causa de um problema exige estudo e estudar não é um dos fortes dos humanos que gostam de receitas prontas. Problemas, quanto mais se combate, mais eles crescem e os exemplos saltam aos olhos, apesar de todos os esforços dos governantes e da sociedade em querer eliminá-los.
Estudando, cientificamente, o assunto chega-se à conclusão que a causa da nossa crise e de TODAS as demais MAZELAS é o BAIXO CONSUMO DE ENERGIA, motivado pelo elevado preço e uma por uma ridícula oferta da mesma.
A ONU afirma que há algo ao redor de 210 países, mas na última pesquisa que fiz, com dados da revista BRITISH PETROLEUM STATISTICAL REVIEW OF WORLD ENERGY – EDIÇÃO DE 2014, só aparecem 67 países com consumo de energia, onde o Brasil ocupa a 56ª posição, uma péssima colocação.
O país industrializado que mais consome energia é Singapura com um consumo de 50,69 litros de óleo equivalente de petróleo, por dia, por habitante. O Brasil consome 4,86. Nestes números estão incluídas TODAS as formas de energia. É por este motivo que se fala em energia equivalente de petróleo.
Caso o leitor desejar a lista completa, basta solicitar pelo e mail: vilanet@terra.com.br
Vamos fazer uma brincadeira entre Singapura e Brasil que são países considerados industrializados.
O dado inicial de consumo significa que cada singapurense pode colocar em seu carro, todos os dias, 50,69 litros de gasolina e fazer um percurso de 506,90 Km caso seu carro consuma 1 litro para cada dez quilômetros rodados. Cada brasileiro só coloca 4,86 litros e faz um percurso de 48,60 Km com a mesma eficiência.
Se o brasileiro desejar chegar ao mesmo local do singapurense, ele terá que fazer o restante do percurso, 458,30 Km, a pé. Sabe quando ele vai alcançar o singapurense? NUNCA.
No outro dia o fato se repete e o singapurense vai ficando, cada dia, mais distante. A isto nós chamamos de padrão de vida e desenvolvimento. Evidentemente que o singapurense não coloca todos os dias aquela gasolina em seu carro para fazer o mencionado passeio.
Ele transforma aquele dinheiro em boa residência, ótima alimentação, excelentes escolas para seus filhos, agradáveis férias, lazer e assim por diante.
Não se ouve, diariamente, nos meios de comunicação, informações de reclamações dos cidadãos de Singapura e outros mais. É o velho ditado. QUEM TEM ESTÁ CALADO, QUEM NÃO TEM, ESTÁ DANADO,
Como, no Brasil as reclamações são diárias, conclui-se que, para acabarmos com elas, precisamos, URGENTEMENTE, elevar o consumo de energia o que só poderá ser feito com uma oferta adicional da mesma e estimulando o seu consumo mediante a retirada LENTA E GRADUAL DE TODOS, MAS TODOS, OS IMPOSTOS, TAXAS E EMOLUMENTOS que incidem sobre ela.
Os males de um país, não surgem do dia para a noite e, assim sendo, a sua eliminação, também não acontecerá da mesma forma. Só há um problema cuja solução exige menos tempo para ser resolvido e é o desemprego, pelo fato da existência da seguinte lei da natureza, que afirma o seguinte:
NÃO HÁ TRABALHO SEM CONSUMO DE ENERGIA
Assim sendo, se quisermos mais trabalho teremos que elevar o nosso consumo de energia, o que só poderá ser feito mediante uma oferta adicional da mesma com uma retirada LENTA E GRADUAL de todos os impostos que incidem sobre ela. E o governo, recentemente, fez, EXATAMENTE, O CONTRÁRIO. É por este motivo que os problemas não são solucionados.
No Brasil, só para dar um exemplo, suponhamos que todos os impostos que incidem sobre a gasolina sejam de 50% do total do preço. Neste caso, com o preço da gasolina, em média, a 3,60 reais, teremos que reduzi-lo para 1,80 reais.
Para atingir este objetivo, basta reduzir, na bomba dos postos, todos os meses, o preço em, R$ 0,05 ou R$ 0,075 e , COM TABELAMENTO, em todo o Brasil, para que, ao final de 36 ou 24 meses, o preço estará em R$ 1,80. Este raciocínio deverá ser usado para todas as formas de energia. Para as outras formas de energia é preciso fazer as contas, mas usando o mesmo raciocínio calcular o valor da retirada mensal.
Não esquecer, também, de retirar todos os impostos e taxas cobradas pela ANEEL ( Agência Nacional de Energia Elétrica ) e pela ANP ( Agência Nacional do Petróleo , onde estão incluídas as participações governamentais e outras como aluguel de áreas e todas as taxas cobradas nos leilões de áreas para se pesquisar e extrair petróleo.
Como o petróleo não acaba, não é preciso uma infinidade de leis e portarias (ANP) para regular um produto que não acaba. Fim aos leilões da ANP e cada empresário fará seu poço de petróleo, onde desejar, respeitando algumas poucas leis, onde eu incluo a proibição de exportar petróleo. Quando se exporta energia e matéria prima, vamos gerar trabalho no país que nos comprou, o que é um erro, pois precisamos gerar trabalho para os brasileiros.
Entretanto, a retirada destas taxas e impostos cobradas pela ANEEL e pela ANP, será para uma etapa posterior, quando os principais impostos forem retirados ao longo dos 24 ou 36 meses. Esta retirada é para homogeneizar o preço da energia, no Brasil, como um todo, ou seja, o preço de uma mesma forma de energia tem que ser igual para todos e em todo o Brasil. Só assim saberemos quem serão os mais competentes.
É uma tarefa complexa que exige muitas análises, mas nem por isso deve deixar de ser feita. Se desejarem saber como se faz, eu ensino.
A única taxa a ser mantida é aquela paga pelo industrial ao proprietário de uma área onde se extrai petróleo, que é de 1% sobre o valor da extração de petróleo e em outros casos semelhantes como nas atividades hidrelétricas, geração eólica, solar e atômica.
A necessidade do tabelamento deve ser feita, pois uma redução de R$ 0,05 ou R$ 0,075 por litro é muito baixa e os revendedores não irão repassar este valor ao usuário.
O tabelamento não é para voltar aos modelos antigos, mas para colocar ordem na atividade e deve ser feito em todas as formas de energia. O não tabelamento permite o aparecimento de cartéis e ‘trustes” que só beneficiam empresários corruptos e gananciosos.
A humanidade não deve temer este consumo adicional de energia, pois, ao se queimar derivados de petróleo, estamos enviando CO2 para a atmosfera o que ameniza a curva do aquecimento global que é causado pelas plantas e não pela queima de energia fóssil.
O governo não deve TEMER esta renúncia fiscal que é muito baixa. Além do mais, com energia mais barata, todos os produtos ficarão mais baratos o que elevará o consumo dos produtos e a arrecadação por meio de uma economia de escala.
Com esta redução, a arrecadação chegará a níveis astronômicos, JAMAIS IMAGINADOS, o que permitirá ao governo fazer todas as reformas desejadas. Um fato é querer fazer reformas com os cofres vazios e outro com os mesmos cheios. A retirada LENTA E GRADUAL de todos os impostos que incidem sobre a energia cria um CÍRCULO VIRTUOSO, como veremos abaixo:
MAIS TRABALHO GERA MAIS RENDA.
MAIS RENDA GERA MAIS COMSUMO
MAIS CONSUMO GERA MAIS PRODUÇÃO
MAIS PRODUÇÃO GERA MAIS TRABALHO
MAIS TRABALHO GERA MAIS RENDA
Neste círculo virtuoso está faltando em produto básico e primordial mas ele não faz parte do círculo, ele engloba o círculo e este produto é a ENERGIA
País algum consome energia para fazer fogueira ou soltar balões. Quando um país consome energia, ele o faz num parque industrial, residencial, e num sistema de transportes, de modo que quanto mais energia ele consome mais trabalho ele gera e mais conforto ele proporciona à população.
Como já afirmamos, esta retirada de impostos tem que ser lenta e gradual, pois uma retirada TOTAL, elevaria o poder de compra da população causando uma inflação de demanda.
Lembre-se do Plano Collor, de triste memória, que elevou, repentinamente, o poder de compra da população em cerca de 14%, com os resultados péssimos que todos já conhecem.
Assim como uma criança precisa de alimento para crescer, o mesmo acontece com um país. País que não consome energia, que é o seu alimento, BÁSICO, não cresce, não se desenvolve, fica subdesenvolvido e raquítico. Numa casa, quem toma conta dos alimentos é o pai ou a mãe da criança. Pessoa alguma guarda seus alimentos na casa do vizinho.
Da mesma forma, quem deve gerenciar a energia de um país é o governo central, começando pela oferta e preço, motivo pelo qual a energia tem que ser gerenciada e TABELADA. É o único bem a ser gerenciado e tabelado. É o governo que deve dizer qual é o preço da energia.
As empresas não podem elevar ou reduzir o preço dos derivados de petróleo na porta das suas refinarias só pelo fato da cotação do petróleo no mercado internacional ter subido ou descido.
Temos que, aos poucos, nos livrarmos desta infeliz GLOBALIZAÇÃO, principalmente, agora, com a posse do novo Presidente dos USA, o Sr. Donald Trump, onde está ficando, cada dia mais imprevisível, definir as medidas a serem tomadas por ele e como elas irão influenciar no Brasil. Se livrar da globalização, é muito fácil de ser feito. Se desejar saber como se faz, depois eu explico.
Caso esta proposta seja adotada, o Brasil estará salvo e o povo brasileiro terá um padrão de vida menos pior.
Trata-se de uma violenta mas BENÉFICA quebra de paradigmas, REDUZIR IMPOSTOS. Depois, quando estivermos sem desempregados iremos eliminar todos os impostos com a criação do IU, imposto único, no valor de, no máximo, 10%.
Caso contrário, a situação do Brasil ficará cada dia pior, as possibilidades de melhoria para o povo brasileiro estarão, IRREMEDIAVELMENTE, SEPULTADAS e só restará um caminho que é:
IR SER SELVAGEM, ENTRE ÁRVORES E ESQUECIMENTO
Não há geração de trabalho / emprego com o nível de renda estagnado. E com o crédito caro, e escasso, na casa dos 40% à 45% do PIB. O BNDES — fomentador de longo de prazo — está sendo dizimado pelos “Chicago boys dos anos 1970…….”. Assim como a CEF, BB.
Sem demanda agregada ativada, o empresário, industrial, comerciante não se mexe…….
Os Gastos do Estado em queda, salário-mínimo, idem……
A curto prazo, há a escapatória lesiva da privatização —- que a curto-médio prazo se esvai.
As concessões têm consequência subsidiária.
Sem demanda – renda – crédito – Estado – Investimento – PPP – concessões…. não há demanda por energia.
O consumo de energia é derivado do nível de atividade econômica.