Ontem foi um dia ruim para as bolsas americanas marcado por aversão ao risco nos Estados Unidos. O destaque foi o pedido de seguro-desemprego, que ficou abaixo das expectativas, indicando um mercado de trabalho mais robusto por lá. O PMI de serviços também superou as expectativas na quarta-feira, sugerindo força na economia. O petróleo atingindo U$90 reacendeu preocupações sobre inflação e taxas de juros mais altas nos Estados Unidos. Isso levanta a possibilidade de um aumento nas taxas em novembro, embora em setembro esse movimento esteja praticamente descartado. Os juros de dez anos subiram para 4,30% nos EUA, na máximo de anos, e a inflação implícita também está em alta. Toda a semana foi marcada por esses temores, afetando os mercados nos Estados Unidos e no Brasil. O dólar futuro chegou a R$5 e os juros longos subiram acima de 11%, e o IBOVESPA sofreu quedas. Além disso, houve a notícia do possível banimento de iPhones pelo governo chinês como retaliação às ações dos EUA, o que agravou as tensões comerciais. Isso demonstra os efeitos prejudiciais dessa guerra comercial, onde ambas as partes parecem estar agindo de forma irracional em defesa de suas empresas. Também é relevante notar a fraqueza na atividade econômica na Europa e preocupações com a recessão na região. A semana terminou com uma nota negativa, com notícias de retaliação chinesa, aumento do preço do petróleo e preocupações sobre taxas de juros nos Estados Unidos.
