“Crises, Manias e Pânicos” é um livro escrito por Charles P. Kindleberger, renomado economista e historiador financeiro. Publicado pela primeira vez em 1978, o livro analisa os padrões recorrentes de crises econômicas ao longo da história e explora as causas e consequências desses eventos. A obra abrange um amplo período, desde o século XVII até o século XX, e examina diversas crises financeiras e especulativas, como a Crise das Tulipas na Holanda em 1637, a Crise da South Sea na Inglaterra em 1720, a Grande Depressão nos Estados Unidos na década de 1930 e a Crise Financeira de 2008. Kindleberger argumenta que as crises econômicas são impulsionadas por um ciclo vicioso de euforia, especulação e pânico. Ele identifica a presença de atores-chave, como investidores, bancos, governos e especuladores, que desempenham papéis cruciais na criação e propagação dessas crises. Além disso, o autor destaca a importância dos desequilíbrios econômicos, como dívidas excessivas, bolhas especulativas e desequilíbrios comerciais, na instabilidade financeira.

O livro explora também as respostas das autoridades econômicas e governamentais diante das crises, analisando medidas tomadas para estabilizar os mercados financeiros e evitar um colapso total. Kindleberger argumenta que a ação coordenada dos governos é fundamental para conter as crises e prevenir um contágio generalizado. Ao longo da obra, Kindleberger combina análise histórica com teorias econômicas, proporcionando uma visão abrangente e acessível das crises financeiras e seus impactos na economia global. Seu estilo de escrita é claro e envolvente, tornando o livro relevante tanto para especialistas em economia quanto para leitores interessados em entender os eventos que moldaram o sistema financeiro mundial. “Crises, Manias e Pânicos” é considerado uma referência clássica no estudo das crises econômicas e continua sendo amplamente citado e discutido na literatura acadêmica e nos debates sobre política econômica. Através de sua análise histórica detalhada, o livro nos leva a refletir sobre os padrões cíclicos das crises financeiras e a importância de medidas preventivas e regulatórias para evitar futuros colapsos econômicos.