Douglas North, um renomado economista e historiador econômico, desenvolveu a teoria das instituições como promotoras do desenvolvimento econômico. Essa teoria é amplamente conhecida como a abordagem das “instituições como regras do jogo”. Segundo North, as instituições são as regras formais e informais que governam o comportamento humano em uma sociedade. Elas incluem leis, normas, convenções, costumes, tradições e arranjos organizacionais. North argumentou que as instituições têm um impacto fundamental no desempenho econômico de um país. A teoria de North parte do princípio de que as instituições moldam os incentivos econômicos e as escolhas dos indivíduos e das organizações. Elas afetam a forma como os recursos são alocados, como os contratos são cumpridos, como a propriedade é protegida e como os indivíduos interagem entre si. North distingue entre instituições inclusivas e extrativistas. As instituições inclusivas são aquelas que estabelecem regras que permitem a participação ampla e igualitária dos indivíduos na economia e na sociedade. Elas garantem direitos de propriedade, promovem o Estado de direito, asseguram a liberdade de empreendimento e incentivam a competição e a inovação. Essas instituições inclusivas tendem a promover o desenvolvimento econômico sustentável, uma vez que incentivam investimentos, criatividade e produtividade. Por outro lado, as instituições extrativistas são caracterizadas pela concentração de poder e benefícios nas mãos de poucos grupos ou elites. Elas restringem a participação e a competição, protegem privilégios e impedem a livre iniciativa. Essas instituições extrativistas tendem a levar a um desenvolvimento econômico mais fraco e desigual, pois inibem o investimento, a inovação e a mobilidade social. North argumenta que o desenvolvimento econômico sustentável depende da presença de instituições inclusivas, que criam um ambiente favorável à iniciativa privada, à segurança jurídica, à concorrência e ao progresso tecnológico. Países com instituições inclusivas são mais propensos a atrair investimentos, promover a criação de empregos, melhorar a produtividade e proporcionar uma distribuição mais equitativa dos benefícios econômicos. Essa teoria de instituições como promotoras do desenvolvimento econômico tem sido amplamente estudada e aplicada em diferentes contextos ao redor do mundo. Ela enfatiza a importância das instituições como um fator fundamental para explicar as diferenças no desempenho econômico entre países e regiões.
