O mercado de seguros desempenha papel fundamental na economia brasileira nos últimos séculos. No mundo, os seguros representam 7,1% da economia. Trata-se de uma indústria que se encontra em constante crescimento, e, no Brasil, a história não seria diferente, já que o setor possui um papel elementar na economia ao longo da história recente dos últimos séculos. No transcorrer do tempo, esse mercado adaptou-se e evoluiu ligado às necessidades das pessoas, contribuindo diretamente para a estabilidade financeira tanto das empresas quanto das famílias.
Breve história dos seguros no Brasil
A história dos seguros no Brasil remonta à colonização quando os europeus desembarcaram nas Américas e praticavam a atividade seguradora informalmente. O mercado de seguros iniciou-se no Brasil em 1808, com a Companhia de Seguros Boa Fé e a Companhia de Seguros Conceito Público. Como existia falta de legislação para tal prática na época, o processo resultou em instabilidade financeira, de modo que, até o ano de 1850, esse mercado enfrentou dificuldades. É a partir da exportação de café em 1850 e com a promulgação do Código Comercial Brasileiro, Lei n° 556, de 25 de junho de 1850, que se construiu a primeira legislação de seguro marítimo. Somente no final do século XIX e no início do século XX o mercado ganhou tração chegando a 88 empresas de seguros na Primeira Guerra Mundial, mantendo-se estável até a Segunda Guerra Mundial. Durante o regime militar, criou-se o Sistema Nacional de Seguros Privados com o Decreto de Lei 73.66, com a finalidade de fiscalizar, formular e regular políticas atreladas a esse setor da economia. No final dos anos 60, o mercado segurador chegou quase perto de quebrar, ocorrendo uma redução de 176 companhias de seguros para 97 até o ano de 1974. Passando os períodos de altas inflacionárias das décadas seguintes, no ano de 1996, o monopólio do setor de seguros no Brasil encontrou seu fim com a entrada de seguradoras estrangeiras, por meio da Lei 9.932. A partir de então, esse setor da economia passou a crescer significativamente, compondo toda a estrutura que conhecemos hoje.
Qual a importância do setor de seguros para a economia brasileira?
O setor de seguros desempenha um papel elementar na economia brasileira. Primeiramente, atua diretamente como uma ferramenta fundamental na proteção financeira, de modo que oferta coberturas para vários riscos, incluindo acidentes, incêndios, saúde e, talvez, o elemento mais importante da existência: a vida. Para a economia, o seguro representa segurança financeira e estímulo ao empreendedorismo, ou seja, ao investimento. Outro ponto importante a ser destacado é que o mercado de seguros também é responsável por gerar muitos empregos ao longo dos anos, visto que envolve corretoras, seguradoras e profissionais que operam com a análise de riscos. Por essa razão, essa indústria significa geração e movimentação de renda para o país.
Qual é o cenário do setor para o futuro?
De acordo com as previsões da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a estimativa de crescimento do setor para o ano de 2023 é de 11,1% – 0,2% a mais que a previsão anterior, de 10,9%. A CNseg prevê a diminuição dos juros no cenário brasileiro, que se encontra, atualmente, com uma taxa Selic de 12,75%, uma das mais altas da história. Com a diminuição dos juros, a tendência é que o setor cresça ainda mais. Ainda em concordância com a entidade, devem ocorrer avanços de 18,2% em relação a Danos e Responsabilidade, 5,2% nos casos de Capitalização e 8% nos relacionados à Cobertura de Pessoas. Todavia, os destaques devem ser os seguros rural e auto, com projeções de 20% e 223,4%, respectivamente. Por fim, é importante enfatizar que no Brasil destacam-se significativamente os seguros de automóveis, de saúde, o empresarial e o seguro de vida. Todavia, saber quanto custa um seguro de vida, de automóveis, de saúde ou de imóveis é uma tarefa complexa. Existem variáveis que acabam definindo esses valores, como idade, saúde e valor da cobertura desejada, no caso do seguro de vida, elementos como modelo do carro e histórico do motorista, para seguro de automóvel, bem como a localização e o tamanho da propriedade, para o seguro de imóvel. Embora exista essa variação, investir em um seguro é a melhor ideia a se fazer, seja qual for a esfera de aplicação.
Obrigado pelo excelente texto que faz um breve diagnóstico de um mercado que só é lembrado negativamente mas tem grande representatividade, em especial no trabalho do corretor.