*escrito com Alberto C. Almeida
Os países ricos produzem bens que são comercializáveis e muito sofisticados, exportáveis e que por isso são submetidos a pouca ou menor competição. O sistema operacional Windows somente é produzido pela Microsoft, e tem pouca competição para ele, os telefones celulares Samsung e Apple também, os carros da Toyota, os aviões da Boeing e da Airbus e assim por diante. Esses são produtos e marcas muito conhecidas, mas há dezenas de outros que são compostos químicos, micro circuitos e coisas deste tipo que têm grande conteúdo tecnológico e são submetidas a pouca competição, permitindo que a margem de lucro das empresas que os produzem seja maior e que os salários pagos também, resultando em benefícios generalizados para os países que as sediam. Importante dizer que há uma grande cadeia de fornecedores de apoio à fabricação de carros, celulares e compostos químicos de ponta, assim como uma grande cadeia de prestadores de serviços depois que são produzidos a fim de que sejam comercializados. O primeiro tipo de cadeia é “para trás” do produto: o vidro do carro, as borrachas, os amortecedores, etc. A cadeia “para frente” é formada pelas agências de propaganda e marketing, empresas de pesquisa, profissionais de vendas, dentre outros. As empresas que fazem isso também ficam nos países sedes das empresas que fabricam os carros, celulares e compostos químicos de ponta. Imagine-se que hoje tivéssemos um carro Gurgel que dominasse o mundo tanto quanto os carros da Kia ou da Mitsubishi. A Embraer tentando competir mundialmente com a Boeing e Airbus na fabricação de aeronaves e’ um exemplo disso! É isso que torna um país desenvolvido. O Brasil está ficando para cada vez mais para trás nessa competição global.
“pouca ou menor competição” muitas empresas são compradas e extintas apenas para proporcionar esse resultado, como a FNM por exemplo.
Mas nós temos nossos fazendeiros ou os donos do Agronegócio. Eles ficam torcendo para o dólar ir lá nas nuvens porque chegou a hora de faturar alto e vendem tudo até a comida para alimentar o brasileiro. Investir na indústria nacional com conteúdo nacional, na vale a pena porque nossas multinacionais abastecem perfeitamente o mercado. Investir em infraestrutura, como construir ferrovias, é jogar dinheiro fora e só ficam irritados quando as chuvas transformam as estradas em atoleiros. Sua irritação vai as nuvens com a falta de silos para armazenar a produção agrícola. Celso Furtado dizia que a decisão de tornar um país desenvolvido vem do povo deste país e não de elites ricas e abastadas.
O brasileiro tem que aprender a FAZER as coisas e não ficar esperando alguém vir e fazer um trabalho ‘razoável’. Temos que sair da zona de conforto! Outro ponto é o ensino fundamental que precisa melhorar e muito, ali começa o progresso de um país! E os impostos absurdos precisam ser revistos, enxugamento da máquina pública, fim da mordomia dos políticos. Há muita coisa para ser feita.
é aqui que notamos que a falta de investimento em educação em Universidades e no setor de pesquisa faz tanta falta para uma nação. Um exemplo disso é a Coreia do Sul!!!