A volatilidade nos mercados está em alta, chegando perto dos níveis máximos vistos no início do ano. Os juros de dez anos nos EUA atingiram 5%, o nível mais alto desde 2007. Esse aumento está relacionado ao conflito no Oriente Médio e também ao preço do petróleo subindo para $92. Além disso a China continua vendendo seus títulos do governo americano, o que coloca pressão nos juros de longo prazo dos EUA. O déficit público dos EUA ultrapassou um trilhão de dólares por ano, e a dívida pública americana atingiu trinta trilhões. As bolsas têm sofrido com essa incerteza. Para piorar, o presidente do Federal Reserve (FED), Jerome Powell, fez um discurso mais rígido do que o esperado ontem, indicando que os juros podem subir, indo na contramão de outros diretores que sugeriam esperar mais. Embora uma alta de juros na reunião de novembro esteja descartada, a possibilidade ainda está na mesa para dezembro. No Brasil, o IBOVESPA ficou estável em 114.000 pontos, o dólar também. No entanto, os juros de longo prazo subiram consideravelmente, alcançando 12%, refletindo a tendência global de aumento dos juros. Os dados de atividade econômica para agosto no Brasil não foram positivos, com uma queda de 0,65% no IBCBR, confirmando a desaceleração da economia. A Petrobras anunciou redução de preços da gasolina em 4% e aumento do diesel em 6%, refletindo ajustes necessários no mercado de combustíveis. Essa medida deve ajudar a controlar a inflação, aproximando o IPCA para 4,75%, que é o teto da banda de inflação para este ano.