*escrito com Uallace Moreira
Na Coreia, o Ministério da Defesa anunciou que vai fabricar seu primeiro porta-aviões no próximo ano e adquirir caças para operá-lo. No ano passado, a Coreia do Sul já tinha dado indícios do seu interesse em um porta-aviões, com o governo afirmando que construiria um “grande navio de transporte multiuso”. Com seu plano nacional para 2021-2025, o governo se comprometeu a fabricar o equipamento de bilhões de dólares. Além do mais, a Coreia do Sul irá também comprar caças F-35B fabricados nos EUA, com capacidade de decolagem curta e aterrissagem vertical, compatível com um porta-aviões de pequeno porte. Os F-35Bs são os únicos caças de decolagem e pouso vertical em produção no mundo. Com isso, a Coreia se juntará ao Japão e aos Estados Unidos na implantação de F-35Bs em porta-aviões leves no oeste do Pacífico. No Japão, o Ministério da Defesa planeja implantar novos caças em 2035 para substituir seus F-2s atuais. O Ministério da Defesa do Japão solicitará um recorde de 5,4 trilhões de ienes (US$ 51,6 bilhões) no orçamento fiscal de 2021. Esse é novo ano seguido que o país aumenta o orçamento para a indústria de defesa. O Ministério da Defesa solicitou 5,32 trilhões de ienes para o ano fiscal de 2020, recebendo 5,31 trilhões de ienes no orçamento inicial. Recebeu em média cerca de 40 bilhões de ienes a menos por ano do que buscava desde o ano fiscal de 2015. O ministério também financiará o desenvolvimento de novos motores a jato que equiparão caças de última geração a serem implantados em 2035, quando as Forças de Autodefesa começarem a desativar os F-2s. Ela vai assinar um contrato para os novos caças já em outubro com a Mitsubishi Heavy Industries. Vale ressaltar que, tanto na Coreia como no Japão, o anúncio do investimento na indústria de defesa tem como elemento a velha aliança entre Estado e Zaibatsus – no caso do Japão -, e na Coreia, a aliança entre Chaebols e Estado.
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