O setor público brasileiro tem produtividade bem alta e emprega relativamente pouco!

O gráfico acima mostra a produtividade dos diversos subsetores da economia brasileira em 2011. os dados são do GGDC (http://www.rug.nl/ggdc/productivity/10-sector/ ). A produtividade e’calculada como valor adicionado do subsetor/numero de ocupados no subsetor. Os serviços empresariais e a industria são os setores que mais empregam e tem maior produtividade entre os setores que empregam. O setor de mineração e utilities tem produtividade altíssima mas não emprega ninguém. Os setores de serviços não sofisticados empregam muita gente mas tem produtividade baixa. O setor publico brasileiro segundo esssa metodologia tem produtividade bem alta e emprega relativamente pouco!

dados

os dados para EUA seguem um padrão muito parecido com manufaturas e serviços empresariais acima da media de produtividade da economia, o resto abaixo:

eua_mapa

dados_eua

dados WIOD (http://www.wiod.org/database/seas13) para 2011:

grafico

media_2011

dados WIOD

chave

dados GGDC

10 thoughts on “O setor público brasileiro tem produtividade bem alta e emprega relativamente pouco!”

  1. Government Services 155% ?! Soh pode ter feito por algum funcionario publico este trabalho…

  2. Não sei exatamente o que entra em “serviços governamentais”, mas um fator que pode dar diferença do Brasil pros EUA é o setor de saúde. Um serviço complexo que é todo privado por lá, enquanto o SUS é uma parcela enorme dos serviços públicos aqui.

  3. incrível até o agro,onde o brasileiro gosta de dizer que fazemos bem a produtividade é baixa,isso é pra mostrar a necessidade do emprego industrial até mesmo a importancia de mais emprego nos setores publicos,onde o pessoal insiste em falar que ja tem gente demais,investimento em infraestrutura aliado a criação de mais consumo seria ótimo para ambos,

  4. Prezado Paulo.
    O Valor adicionado do Governo, por não ter preço, (ou o preço não ser economicamente significativo), é calculado como compensação aos empregados mais o consumo de capital fixo e os impostos sobre o produto do governo (cfe, o SNA 2008 p.111). O mesmo é efetuado pelo IBGE (metodologia de tratamento do setor administração publica p.5). Não creio que os dados de Groningen tenham origem diferente deste pressuposto teórico. Assim a produtividade que identificas no post na verdade é uma aproximação (não muito boa dados os outros compontes) da compensação média dos servidores públicos. Me parece que esse é um dos dilemas para avaliar a produtividade do setor publico e o motivo pelo qual basicamente ficamos restritos a comparações um tanto arbitrárias entre países. Gosto muito dos teus posts e acompanho teus textos. Entretanto este post especificamente merece uma reavaliação cuidadosa. Continue com este belo trabalho

  5. Com os nossos agradecimentos e referência, professor, reblogamos o artigo em isosendacz.org, com a seguinte introdução:

    Paulo Gala, economista-chefe e CEO em instituições financeiras e fundos de investimentos, traz dados reveladores do setor público brasileiro. De se notar que, no país, a mineração e os serviços de utilidade pública, líderes em produtividade e “acima do gráfico” tanto no Brasil como nos EUA, contaram com o pioneirismo e ação essencial do Estado para se consolidarem no topo da lista.

    Se os serviços públicos em 2011 já se destacavam no universo laboral do Brasil, a sucessiva redução do quadro de funcionários por aposentadorias superiores à reposição por concurso público indica uma melhora de produtividade, já que a obrigação do Estado, no essencial, não se reduziu na última década.

Deixe uma resposta